22°C 34°C
Viçosa, AL
Publicidade
Anúncio

Alagoas tem previsão de chuvas abaixo da média até fevereiro de 2016

Alagoas tem previsão de chuvas abaixo da média até fevereiro de 2016

01/12/2015 às 07h11 Atualizada em 01/12/2015 às 10h11
Por: Redação - Vale Agora Web
Compartilhe:
Solange Almeida mostra barriga no sétimo mês de gestação (Foto: Instagram/Reprodução)
Solange Almeida mostra barriga no sétimo mês de gestação (Foto: Instagram/Reprodução)
Previsão é para o período de estiagem, compreendido entre os próximos três meses (Foto: Agência Alagoas) O Estado de Alagoas deverá registrar um volume de chuvas abaixo da média ao menos até o mês de fevereiro de 2016. A previsão foi apresentada nesta segunda-feira (30) pela pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden/MCTI), Anna Bárbara Coutinho de Melo, durante o workshop que debateu as condições climáticas para a região nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. O encontro, promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária (Faeal), reuniu secretários municipais, empresários, técnicos e produtores rurais preocupados com os efeitos da estiagem em 2016. Segundo a pesquisadora do Cemaden/MCTI, o clima brasileiro vem sofrendo, desde março deste ano, os efeitos do fenômeno El Niño, caracterizado pelo aumento da temperatura do Oceano Pacífico, causando alterações no Atlântico Sul. No Brasil, as consequências mais frequentes do fenômeno são o aumento do volume das chuvas na região Sul e o agravamento da estiagem nas regiões do semiárido nordestino. Anna Bárbara Coutinho afirma que não há previsão de chuvas, em Alagoas, até o dia 10 de dezembro. “A gente fez uma previsão climática que vai de dezembro a fevereiro, e ela indica que nós teremos uma condição de chuvas abaixo da média na área que vai do extremo Norte do Brasil até a região semiárida do Nordeste. Para o Leste, ainda não temos uma previsão porque o período de chuvas é mais adiante, mas a tendência é que nós tenhamos uma distribuição de chuvas irregular neste período, com maior chance de ser abaixo da média no semiárido”, explicou a pesquisadora. “Em 2015, tivemos a evolução do El Niño. Ele está mais intenso que em outros anos, não tão quanto em 1997 e 1998. Porém, já contribui para o déficit de chuvas em boa parte do Centro-Norte do Brasil, inclusive na região Nordeste. Os sistemas não vão atuar como deveriam neste primeiro trimestre e, provavelmente, teremos deficiência de chuvas. Pode até chover, mas não como o esperado”, disse Anna Bárbara Coutinho, acrescentando que a classificação do El Niño para 2015/2016 ficou entre 'Forte' e 'Muito Forte'. Preocupação Os dados apresentados no workshop desta segunda preocuparam os produtores rurais presentes ao evento, mas não se configuraram como uma surpresa para o setor, como destacado pelo presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Arruda. “O que foi mostrado foi o que a gente já vinha acompanhando pelos meios de comunicação. A situação é muito grave, principalmente na região do semiárido, na manutenção das atividades econômicas da pecuária de leite e da ovinocaprinocultura, que são o sustentáculo desta região. Hoje, os produtores enfrentam uma dificuldade muito grande, e isso tende a se agravar, pelas altas temperaturas que estão sendo verificadas a curto prazo. Este encontro serve de alerta para os produtores rurais e para o Governo do Estado”, disse Arruda. Providências Já de acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Álvaro Vasconcelos, providências já estão sendo tomadas no sentido de minimizar os efeitos da estiagem na produção agropecuária alagoana, garantindo a preservação dos rebanhos e a manutenção do homem do semiárido em sua região. “Em 2015, o Governo do Estado já distribuiu uma quantidade maior de sementes para que o pequeno produtor fizesse a silagem e guardasse comida para os seus animais. Porém, isso ainda é pouco. O El Niño vai ser muito forte, e nós temos que garantir uma complementação, a fim de que o produtor possa balancear a ração animal”, analisou Vasconcelos, acrescentando que a próxima ação da Seagri junto à Defesa Civil será a distribuição de bagaço de cana, somando-se à distribuição de água por meio de carros-pipa. Segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual, major Moisés Melo, a distribuição de aproximadamente 9.200 toneladas de bagaço de cana adquiridas com recursos da ordem de R$ 900 mil oriundos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) deverá começar nos próximos 15 dias. “Na semana passada, fizemos a contratação de 200 carros-pipa e nos reunimos com o Exército Brasileiro, garantindo mais 170 carros-pipa. Estaremos com todos os veículos rodando ainda neste mês de dezembro. Com isso, no próximo trimestre, estaremos levando água suficiente para toda a população do semiárido”, garantiu Melo. Gazeta Web
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Lenium - Criar site de notícias