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Mestre Bia é destaque na imprensa estadual

Mestre Bia é destaque na imprensa estadual

11/01/2016 às 10h19 Atualizada em 11/01/2016 às 13h19
Por: Redação - Vale Agora Web
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Solange Almeida mostra barriga no sétimo mês de gestação (Foto: Instagram/Reprodução)
Solange Almeida mostra barriga no sétimo mês de gestação (Foto: Instagram/Reprodução)
Mestre Bia. (Reprodução G1/AL) Mestre na tradição popular em fabricar e tocar pífano, instrumento musical rústico que se assemelha a uma flauta transversal e bastante usado por grupos da cultura popular do Nordeste, José Galdino da Silva, o 'Mestre Bia', 84, natural de Vicçosa, ainda mantém o ofício que aprendeu na juventude. É neste caminhar de oito décadas ao som do pífano e outros instrumentos artesanais que Mestre Bia trabalha diariamente para perpetuar a tradição musical das bandas de pífano típicas do Nordeste brasileiro. Para isso, ele ensina crianças e adolescentes da cidade a tocar o instrumento artesanal feito de taboca, uma espécie de bambu, e os instrumentos rústicos que também fabrica para acompanhar o pífano. Autodidata, Mestre Bia diz que aprendeu com o pai a confeccionar o pífano, assim como, outros instrumentos, a exemplo dos tambores rústicos, que acompanham com batidas da 'Banda de Pífano Esquenta Mulher do Mestre Bia'. “Aprendi a fazer pífano vendo meu pai e outras pessoas fazendo. Cortando e furando a taboca para dar som. A tocar foi do mesmo jeito, vendo os outros tocarem. Lembro que pedi permissão aos músicos para eles me ensinarem, mas eles diziam 'faça esforço da sua própria cabeça' e assim fiz, para não incomodar ninguém”, conta.
Mestre Bia toca pífano na sala onde guarda instrumentos e ensaia com a banda (Foto: Waldson Costa / G1)
Mestre Bia toca pífano na sala onde guarda instrumentos e ensaia com a banda (Foto: Waldson Costa / G1)
Para fabricar o pífano, Mestre Bia retira a matéria-prima, a taboca, de uma mata que fica no alto da Serra Lisa, em Chã Preta.  “Lá escolho a taboca e faço o corte do tubo nos nós ainda verde. Ao secar é hora de marcar as escalas para só depois furar. Os enfeites (pedaços de metal) são apenas para compor a beleza do pífano. Já os tambores são feitos de madeira e corda”, relata. Esquenta Mulher Com os instrumentos prontos, é hora de compor o grupo para executar canções orquestradas conhecidas como marcha e o forró 'Esquenta Mulher'. E como não se faz festa sozinho, foi iniciativa do próprio Mestre Bia ensinar crianças e adolescentes a tradição do pífano, diferente dos músicos do passado, que o negaram conhecimento.
Aprendiz, xxxxxxxxxxxxxx toca pífano desde os 7 anos (Foto: Waldson Costa / G1)
Aprendiz, Bruno Lucas, 12,  toca pífano desde os 7 anos (Foto: Waldson Costa / G1)
“Uma banda de pífano precisar ser composta por no mínimo 7 pessoas, que se dividem no pífano, no tarol, no tambor, nos pratos e na zabumba", conta. Para compor o grupo, mestre Bia precisava de mais gente. "Comecei a ensinar os meninos da cidade que se interessam por música. Essa é uma das minhas maiores felicidade”. O mais novo da banda é o estudante Bruno Lucas, 12. Ele começou a tocar pífano aos 7 anos. “Eu vi uma vez a banda de pífano tocando e pedi a minha mãe para participar. Daí ela me trouxe e eu aprendi a tirar som do instrumento. O que mais gosto são as músicas 'esquenta mulher' (ritmo acelerado e animado que lembra o forró). Por Redação com G1/AL
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