Neste domingo, dois de outubro, dois milhões de alagoanos vão sair de suas casas para definir em alguns números o futuro de suas cidades para os próximos quatro anos. Eles vão escolher 102 prefeitos e centenas de vereadores. Em meio ao caos financeiro que as administrações municipais se encontraram no interior de Alagoas, a esperança e o clamor por dias melhores é consenso entre os eleitores. Para garantir um pleito seguro, as instituições públicas trabalham de forma conjunta para coibir abuso, crimes eleitorais e, desta forma, assegurar uma eleição limpa. Em Alagoas, há 313 candidatos a prefeito e 6635 mil que disputam a vereança.
De forma coordenada, mais de 7,5 mil integrantes das Polícias Militar, Federal, Civil e do Exército Brasileiros estão nas ruas de todo o estado de Alagoas no sentido de combater as irregularidades eleitorais. Aliado ao trabalho de policiamento ostensivo, há também as diligências que são realizadas pelos integrantes da Justiça Eleitoral e dos Ministérios Público Estadual e Federal. Durante o período eleitoral, diversas denúncias chegaram aos órgãos, como também ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Todas serão frutos de análise de juízes, promotores e procuradores.
Apesar do trabalho coordenado, o TRE pediu e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou o envio de tropas federais para 12 municípios: Boca da Mata, Chã Preta, Limoeiro de Anadia, Maragogi, Japaratinga, Piaçabuçu, Rio Largo, Pilar, Mata Grande, Canapi, Inhapi e Tanque D'Arca. Alguns dos pedidos de envio de tropas por juízes eleitorais foram aprovados de última hora pelo TSE. O clima de instabilidade política e uma eventual potencialização da rivalidade levou ao envio dos militares do Exército. Cerca de 500 foram mobilizados de Maceió para essas cidades.
Em todo o estado, o TRE planeja utilizar mais de oito mil urnas eletrônicas, que, conforme a estimativa da Justiça Eleitoral, devem facilitar de forma rápida a votação e apuração. Para que todo esse processo desenhado possa acontecer de forma correta, sem dor de cabeça para o eleitor, mais 30 mil mesários foram selecionados em todo o estado. Desse total, seis mil atuarão nas zonas eleitorais da capital. "Diante de todo o planejamento realizado, acredito que teremos uma eleição tranquila. Caso seja necessário, as forças estarão prontas para ser empregadas de forma rápida", explicou o presidente do TRE, desembargador Sebastião Costa.
Denúncias e apuração
O Pardal - sistema de denúncias via smartphone e web criado pela Justiça Eleitoral para facilitar as denúncias de crimes eleitorais, atingiu a marca de mais de mil ocorrências em Alagoas. Segundo o presidente, o grande volume de denúncias surpreendeu. Ao longo de todo este período eleitoral, o MPF também recebeu queixas de crimes. Um levantamento junto à assessoria do órgão ministerial apontou que 19 denúncias foram feitas de forma eletrônica, por aplicativos, e sete presenciais.
"Todas as denúncias serão analisadas pelo TRE. Contudo, acredito que o trabalho integrado vai trazer este resultado que tanto esperamos. Nestas eleições, temos um grande número de jovens participando diretamente do pleito. Eles se informaram e busca representação. E isso é fruto de um trabalho realizado pelo TRE. Ao observar o quadro de hoje, eles [jovens] apontam a insatisfação e, com isso, querem mudança. Eles vão fazer o futuro do nosso país", frisou.
Para que o eleitor possa votar de forma tranquila, é importante observar a resolução do TSE número 23.456/2015. Conforme orientação do tribunal, o presidente da mesa receptora de votos declarará iniciada a votação às 8h. Os mesários e os fiscais de partidos e coligações (munidos de suas respectivas credenciais) deverão votar depois dos eleitores que estejam presentes no momento do início dos trabalhos ou no final da votação.
Para votar, o eleitor deverá apresentar documento oficial com foto que comprove a sua identidade, sendo eles: carteira de identidade, passaporte, carteira de categoria profissional reconhecida por lei, certificado de reservista, carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação. Certidões de nascimento ou de casamento não serão admitidas como prova de identidade do eleitor no momento da votação. Equipamentos eletrônicos na cabina de votação não podem. Antes de se dirigir ao local onde está a urna eletrônica, o eleitor deve deixar qualquer um desses aparelhos na mesa receptora de votos.
Por Jonathas Maresia | Portal Gazetaweb.com
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