O presidente Nicolás Maduro expulsou 56 militares acusados de participar do levante liderado pelo opositor Juan Guaidó no dia 30 de abril. Segundo a Associated Press, um deles foi identificado como Manuel Figuera, ex-chefe do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), que era responsável por vigiar Leopoldo López, também opositor de Maduro. Nos protestos daquele dia, convocados por Guaidó, cinco pessoas morreram e 239 ficaram feridas.
Além de Figuera, foram expulsos 5 tenentes-coronéis, 4 majores, 4 capitães, 6 primeiros-tenentes e tenentes e 36 sargentos, afirmou a imprensa oficial na quarta-feira (8). A saída de Figuera do comando do Sebin já havia sido anunciada no dia 30 de abril. Até o momento, o governo da Venezuela não deu informações sobre o paradeiro dos 56 militares rebeldes. Na terça (7), a organização humanitária local Foro Penal denunciou o desaparecimento de um grupo de soldados que participaram do levante. Na semana passada, as autoridades brasileiras já haviam concedido asilo a 25 militares venezuelanos que se refugiaram na embaixada do Brasil em Caracas. Entre os oficiais afetados pela decisão de Maduro está, também, o tenente-coronel da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) Illich Sánchez, que nos últimos meses ficou encarregado do comando que dá proteção à Assembleia Nacional, controlada pela oposição. Sánchez foi um dos oficiais que acompanharam Guaidó aos arredores da base aérea de La Carlota, em Caracas, durante o levante fracassado. Deputados acusados Após a escalada de tensões políticas por conta das ações contra a oposição, Guaidó voltou a desafiar o governo de Maduro nesta quarta (8), durante uma visita a seu estado natal de Vargas. "Vamos continuar; sabemos que a perseguição é a única resposta que têm", disse, no Twitter. Na terça-feira (7), a Suprema Corte da Venezuela afirmou, em comunicado, que os deputados Mariela Magallanes, Henry Ramos Allup, Luis Florido, José Simón Calzadilla, Américo De Grazia e Richard Blanco seriam processados pelos supostos crimes de "traição à pátria, conspiração, incitação à rebelião, rebelião militar, associação criminosa, abuso de poder e incitamento público à desobediência". Mariela Magallanes está na casa do embaixador da Itália em Caracas, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional do país. De acordo com o comunicado oficial publicado no site do ministério, ela é casada com um cidadão italiano e espera o reconhecimento de cidadania. Para permitir a acusação dos deputados e do vice-presidente da Assembleia Nacional, Edgar Zambrano, a Assembleia Nacional Constituinte teve que retirar deles a imunidade parlamentar. Por
Portal Gazetaweb, com G1