Os parlamentares repercutiram as medidas, contidas no mais recente decreto governamental, que recua de fase todas as regiões sanitárias dentro do plano de distanciamento social controlado. Uma das regras é o fechamento destes negócios aos fins de semana, período de maior demanda e, consequentemente, de grande faturamento.
O assunto veio à tona a partir de discurso do deputado Davi Maia (DEM). Ele pediu do governador Renan Filho (MDB) a utilização de R$ 5 bilhões, que seriam oriundos de arrecadação do Estado, para socorrer os empresários que atuam no setor de bares e restaurantes, que amargam mais um período de suspensão temporária das atividades. “Temos muita gente desiludida em Alagoas. E culpamos o governador, não pela pandemia, mas pela inércia na assistência aos alagoanos que atuam no mercado. Até agora, Renan Calheiros Filho não moveu nenhuma palha e, quando questionado sobre o que pode fazer para auxiliar os empresários do Estado, sempre transfere a responsabilidade para o Governo Federal, quando o Governo do Estado também pode adotar medidas neste sentido”, afirmou Davi Maia. Ele acrescentou que, nesta terça-feira, recebeu a informação de demissões em massa em uma rede de restaurantes que atua em Alagoas. “São mais de 220 pessoas que perderam os empregos somente nesta empresa. Em Arapiraca, apenas em um restaurante, foram 70 demitidos hoje. Precisamos agitar o senhor governador Renan Calheiros. Temos vidas que também estão sendo perdidas pela questão financeira que assola o País neste período de calamidade”. Maia defendeu que as contas do segmento devem ser divididas, como pede a Abrasel, em campanha iniciada nas redes sociais. “Precisa-se dar incentivos fiscais, como o governo faz ao doar terremos para empresas que vão abrir em Alagoas. O que o governador está fazendo para manter os empregos em Alagoas? Nada! E ele ainda se recusa a falar com qualquer empresário neste sentido. Os empresários estão sós e o setor não aguenta mais”. O tema ainda foi repercutido pelos deputados Cabo Bebeto (PTC) e Jó Pereira (MDB). O militar engrossou a crítica ao Governo do Estado ao afirmar que não há um plano, em Alagoas, para socorrer os que estão sofrendo, economicamente, com a pandemia. Já a deputada cobrou diálogo do Executivo com o Poder Legislativo. Em discurso, Jó pediu que o governador cuide das pessoas ao invés de priorizar obras físicas. Em aparte, o líder do Governo, deputado Silvio Camelo (PV), falou que não se pode transferir a culpa ao Estado pelo impacto devastador do coronavírus. “O Governo está fazendo tudo o que pode para amenizar o sofrimento e para salvar a vida dos alagoanos”, resumiu. Por: Thiago Gomes, Portal Gazetaweb.comMín. 20° Máx. 32°