De acordo com a delegada Teíla Rocha Nogueira, coordenadora da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Maceió, o inquérito foi remetido à Justiça nessa quarta-feira (24), inclusive com pedido de prisão preventiva dos militares, que estão detidos temporariamente desde o último dia 10 de março.
A delegada contou que o corpo da vítima não foi encontrado, contudo a comissão de delegados que investigou o caso entendeu que houve os dois crimes. Ela conta que para chegar a tal conclusão foram considerados vários fatores. Entre as provas produzidas durante o inquérito, estão a quebra do sigilo telefônico dos envolvidos, além da análise do deslocamento das viaturas. Além disso, foram levados em conta os testemunhos dos militares, que, segundo a delegada, foram conflitantes. Segundo apurou a Gazetaweb, após a análise dos dados obtidos nos aparelhos telefônicos dos policiais, ficou demonstrado que os policiais estiveram com Jonas até as 16h52, e os militares disseram que Jonas foi solto entre 15h56 e 15h57, que é o horário em que o GPS indica o trânsito dos investigados nas imediações do viaduto de Jacarecica. Além disso, a polícia teria encontrado áudios nos celulares dos policiais presos em que é possível identificar claramente a voz de Jonas Seixas sob intenso sofrimento físico. A análise dos GPS e a quebra de sigilo telefônico teriam apontado para a permanência dos militares numa zona de mata do bairro de Jacarecica em horário que passa ao da suposta liberação. Desde o desaparecimento, os policiais investigados dizem que levaram Jonas para uma averiguação, mas o liberaram com vida no bairro de Jacarecica. A Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) também investiga o caso no âmbito da instituição. POSICIONAMENTO DA PM/AL Por meio de nota à imprensa, a Polícia Militar de Alagoas informou que está cumprindo uma determinação judicial e que os militares indiciados pelo "possível" envolvimento no caso Jonas Seixas estão recolhidos em uma unidade militar. A instituição disse ainda que, no âmbito interno, os trâmites do processo estão seguindo normalmente junto à Corregedoria-Geral da PMAL.Mín. 20° Máx. 32°