18°C 28°C
Viçosa, AL
Publicidade
Anúncio

Covid-19: pesquisadores criam teste barato para unidades de saúde

Covid-19: pesquisadores criam teste barato para unidades de saúde

07/07/2021 às 15h59 Atualizada em 07/07/2021 às 18h59
Por: Redação - Vale Agora Web
Compartilhe:
Reprodução
Reprodução
Fiocruz/Arquivo Um novo kit diagnóstico, desenvolvido por pesquisadores de instituições públicas brasileiras, é capaz de detectar o novo coronavírus em até 45 minutos, com baixo custo e alto grau de precisão.  A patente da nova tecnologia, pensada para unidades básicas de saúde, foi desenvolvida por cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Universidade Federal de Santa Catarina e do Instituto Federal de Santa Catarina, em parceria com a empresa SPK Solutions. O teste usa a tecnologia chamada RT-Lamp e demonstrou precisão semelhante ao RT-PCR em testes de validação com mais de 1 mil amostras. Segundo o instituto, que divulgou a pesquisa, o kit alcançou 96% de sensibilidade e 98% de especificidade em amostras de orofaringe coletadas com cotonete do tipo swab. Os dois parâmetros são usados para medir o risco de testes produzirem falsos positivos e falsos negativos a partir de amostras já conhecidas. A tecnologia desenvolvida permite realizar o teste também com saliva na mesma especificidade, porém com uma sensibilidade menor, de 70%. Apesar disso, caso o paciente esteja em jejum pela manhã, o percentual pode alcançar 100%, segundo os pesquisadores. O custo do kit diagnóstico foi estimado em R$ 30 enquanto o valor de um kit para teste RT-PCR chega a custar R$ 100. Além disso, o teste RT-Lamp pode ser realizado por menos profissionais e requer menos equipamentos. Segundo o instituto, o único equipamento necessário para a realização do teste é um banho seco ou banho-maria, e qualquer profissional treinado pode aplicar o teste. Já o RT-PCR precisa de especialistas em biologia molecular. O Instituto Oswaldo Cruz informou ainda que os pesquisadores agora buscam parceiros para produzir e fornecer o kit diagnóstico. Além de ganhar uma escala de produção industrial, o novo produto ainda precisa ser submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de chegar à unidades de saúde do Brasil.

Foco

Coordenador do projeto, o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz André Pitaluga disse que o foco da pesquisa é levar a nova tecnologia ao Sistema Único de Saúde e ajudar no enfrentamento da pandemia. Apesar disso, ele considera que a metodologia é versátil e pode ser aplicada no combate de outras doenças. "Já estamos trabalhando em uma versão do kit para o diagnóstico da febre amarela”, diz o pesquisador em texto divulgado pela assessoria do Instituto Oswaldo Cruz. Para desenvolver o teste, os pesquisadores receberam apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica do instituto e financiamento da empresa Engie, do Programa Inova Fiocruz e do Ministério Público do Trabalho. Os testes de validação foram realizados em Santa Catarina, em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina e as prefeituras de Tubarão e Florianópolis.

Edição: Maria Claudia

                                                                        Por: Agência Brasil
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Lenium - Criar site de notícias