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Mercedes promete resolver salto do carro nos GPs de Miami e Espanha

Mercedes promete resolver salto do carro nos GPs de Miami e Espanha

04/05/2022 às 12h31 Atualizada em 04/05/2022 às 15h31
Por: Redação - Vale Agora Web
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Miguel Medina/AFP

Terceira colocada no campeonato de construtores da Fórmula 1, a Mercedes é a equipe cujo carro mais sofre com o efeito "porpoising", ou golfinhar, nome dado aos saltos constantes provocados nos bólidos pela reintrodução do efeito solo - resultado do novo regulamento técnico. Mas às vésperas do GP de Miami neste domingo, o time espera encontrar, logo, soluções para o problema.

- Vamos tentar algo em Miami (em 8 de maio) e depois em Barcelona (22 de maio). Nós usamos esse modelo durante os testes no inverno e ele sofreu muito menos com os saltos do que o segundo carro, que trouxemos para o Bahrein. A comparação de dados entre os dois carros deve nos levar a dar um passo à frente - disse Toto Wolff, chefe da octacampeã de construtores.

O efeito porpoising vem da aerodinâmica dos carros, resultado da diferença da pressão nas partes superiores e inferiores do bólido. A carga de energia liberada de forma repentina faz a frente do monoposto subir e, instantaneamente, descer quando o efeito solo volta a operar.

Esse efeito também foi potencializado pela maior rigidez das suspensões do carro e a redução do amortecimento dos pneus, que neste ano, passaram de 13 para 18 polegadas.

Alternativas para a redução dos saltos estão em modificações no assoalho, como a adição de ranhuras para conduzir o fluxo de ar de forma contínua, ou na parte traseira do carro - soluções adotadas por Ferrai e McLaren. Essas atualizações, no entanto, exigem cautela, já que podem comprometer o desempenho dos bólidos.

E o efeito porpoising tem dado bem mais do que dores de cabeça aos pilotos. É o que relata George Russell, melhor da Mercedes até aqui e que sentiu os efeitos físicos do problema na última prova, no GP da Emilia-Romagna.

- O salto te tira o fôlego. É o mais extremo que eu já senti. Eu realmente espero que encontremos uma solução, porque não é sustentável para os pilotos continuar neste nível. Este foi o primeiro fim de semana em que lutei com minhas costas e com dores no peito - relatou o britânico.

Missão impossível?

Atual líder do campeonato de construtores e do Mundial de pilotos com Charles Leclerc, a Ferrari conseguiu sanar, com sucesso, os saltos de seu F1-75. Mas o projetista campeão da RBR, Adrian Newey, adianta: o trabalho é muito mais difícil do que aparenta, e pode não se concretizar sob o novo regulamento técnico.

- É um problema aerodinâmico que nunca desaparecerá completamente com esses carros. Você tem que conviver com isso o máximo que puder - comentou.

Mesmo com a nítida dificuldade para a solução do "efeito porpoising', o diretor de engenharia da Mercedes Andrew Shovlin garante que o time está empenhado em resolver o problema o mais rápido possível; preferencialmente, nesta fim de semana do GP de Miami:

- Sabemos onde estamos e a lacuna que precisamos superar para chegar onde queremos. Esses são problemas novos. Temos que entendê-los e superá-los, e estamos colocando muita energia nisso. A cada dia que passa estamos aprendendo mais e mais e espero que novas peças para o carro possam chegar em Miami e nos dar uma indicação da direção tomada. Muito do trabalho em Brackley (fábrica da Mercedes, no Reino Unido) trata de entender o fenômeno e se podemos realmente controlá-lo. Mas sendo realista, isso será algo que resolveremos em etapas, e não em um grande e único momento.

Russell faz em 2022 sua quarta temporada na categoria e a primeira pela Mercedes, e ocupa a quarta colocação no Mundial. Ele perdeu a vice-liderança para Verstappen após a vitória do holandês na corrida classificatória na Emilia-Romagna. Já seu colega veterano é sétimo no campeonato.

Ambos estão empatados no número de pódios, com Hamilton chegando em terceiro lugar no GP do Bahrein e Russell repetindo o feito na Austrália. Porém, o jovem chegou entre os cinco primeiros em todas as corridas que disputou, enquanto o veterano o fez apenas em duas provas de quatro.

Na prova no Autódromo Enzo e Dino Ferrari em Imola, na Itália, Hamilton largou do lado mais úmido da pista e perdeu algumas posições. Ele chegou a se recuperar e surgiu em décimo até fazer seu primeiro pit stop na volta 18, mas despencou para o fundo do grid após fazer uma troca de pneus lenta.

No fim, o heptacampeão ganhou uma posição após a punição de 5s dada a Esteban Ocon por quase atingi-lo ao deixar os boxes.

                    Gazetaweb com Globo Esporte
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