A mãe do bebê de um ano que morreu atropelado em Piaçabuçu, no extremo Sul de Alagoas, nessa quarta-feira (14), contou como aconteceu o caso, que chocou a população. Ela diz que viu o carro em cima do próprio filho e que correu desesperadamente para socorrê-lo, mas o menino não resistiu.
A criança é Darlysson Raylan Bispo dos Santos. O caso ocorreu no povoado Penedinho. De acordo com a mãe dele, Ana Bezerra, o menino estava fora de casa jogando chimbra com outras crianças.
Ela estava na porta observando o filho, mas, em um dado momento, a mãe a chamou. Ana diz que foi atender o chamado e quando retornou o atropelamento já tinha acontecido.
" Eu estava dentro de casa com ele, na casa minha mãe. Ele saiu para fora na carreirinha. Ficou brincando de chimbra com os meninos. E eu da porta da minha mãe olhando, quando eu dei as costas, porque minha mãe me chama. Quando eu volto para olhar, eu pego meu filho naquela situação. Pego meu filho no chão, desesperada. Ainda vi o carro em cima do meu filho e o homem com o celular no ouvido. Me desesperei. Imediatamente peguei meu filho, gritei, gritei, o menino me ajudou, tomou meu filho do meu braço, botou dentro do carro, fomos para Piaçabuçu, chegou lá e meu filho já tinha falecido no braço do menino que socorreu", conta a mulher que precisou se medicar.
A Polícia Civil trata o caso, até o momento, como uma fatalidade. De acordo com o delegado Rubem Natário, o homem que atropelou a criança não viu o menino próximo ao carro. Assim que o acidente ocorreu, ele foi direto para a delegacia comunicar a situação.
Segundo a autoridade policial, o motorista estava em estado de choque. O sepultamento ocorreu nesta quinta-feira (15), quando familiares e população em geral se despediram do bebê.
"Meu filho não andava maltratado, meu filho andava limpinho, calçado. Tudo que tinha eu dava para meu filho. A gente podia ficar sem nada, mas para meu filho não faltava nada", desabafa a mãe.
A tia de Darlysson, Wanderlâdia Bezerra, conta como era a criança. "Está sendo muito difícil porque ele era tudo na vida da gente. Era um anjinho na vida da gente. Fazia tudo com ele. Comia, tomava banho. Era um menino tão tranquilo, tão amoroso, carinhoso", expõe a tia.
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