Morto em confronto com a Polícia Militar de Alagoas (PM-AL), no último sábado (24), Luiz Fernando Crizóstomo da Silva, de 22 anos, estava livre desde o dia 22 do mês passado. Ele havia sido preso no dia 18 de maio deste ano por tráfico de drogas e posse de arma de fogo. O confronto que terminou com a morte dele ocorreu no bairro Santa Lúcia. Outras três pessoas também vieram a óbito. Todos estavam em um carro.
Na prisão do mês passado, Crizóstomo foi pego com 185 gramas de maconha, uma balança de precisão, munições calibre .38 e um revólver Taurus calibre .38. O suspeito do crime negou ser proprietário da droga e argumentou que a arma apresentada era diferente da que ele tinha, além de tudo ter sido plantado por policiais militares.
Na audiência de custódia, Luiz Fernando disse ter sido agredido por policiais para poder prestar informações, que, de acordo com ele, não possuía. Nesta mesma audiência, o magistrado entendeu por converter a prisão do jovem para preventiva, mesmo com o Ministério Público Estadual (MPE) opinando pela concessão de liberdade. Luiz Fernando não possuía registro de passagem pela polícia anterior a esta.
A prisão preventiva de Luiz Fernando foi revogada quatro dias depois. Outro juiz apontou que o Pacote Anti Crime, de 2019, proíbe a conversão, de ofício, da prisão em flagrante em preventiva, sem que haja requerimento do membro do MPE.
O magistrado frisou ainda que ele possuía residência fixa, era primário e tinha bons antecedentes, o que, em seu entender, faz caracterizar a ausência de dedicação do acusado a atividades criminosas. Também ressaltou que a quantidade e a natureza da droga apreendida (185 gramas de maconha), por si só, não é fundamento idôneo para manutenção da prisão preventiva por tempo duradouro.
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